14/02/2025
A nomofobia, termo que se refere ao medo irracional de ficar sem acesso ao celular, tornou-se um desafio significativo na era digital. Esse fenômeno afeta não apenas a vida social, mas também o desempenho escolar e a saúde mental de crianças e adolescentes. A dependência excessiva do smartphone pode levar a ansiedade, irritabilidade e até a sintomas físicos, como fadiga ocular e dores musculares causadas pelo uso contínuo do aparelho.
A dificuldade de se desconectar do celular interfere diretamente na atenção e no aprendizado. Muitos estudantes se distraem facilmente com notificações, redes sociais e jogos, comprometendo a concentração e o rendimento acadêmico. Além disso, o uso excessivo do celular pode afetar o sono, já que a exposição prolongada à luz azul da tela reduz a produção de melatonina, hormônio essencial para um descanso adequado.
Para Letícia Silveira, assessora pedagógica do Colégio Anglo Camboriú, compreender os efeitos da nomofobia é essencial para criar estratégias de equilíbrio no uso da tecnologia. "O celular pode ser um grande aliado no aprendizado, mas é fundamental que os estudantes desenvolvam autonomia e consigam utilizá-lo de forma consciente e moderada", afirma.
Os sintomas da nomofobia variam, mas os mais comuns incluem ansiedade extrema ao ficar sem o celular, checagem compulsiva de notificações e dificuldade de se engajar em atividades que não envolvem o aparelho. Esses comportamentos podem levar ao isolamento social, reduzindo as interações presenciais e prejudicando a comunicação interpessoal.
Para os pais, o primeiro passo para lidar com esse problema é o diálogo. Estabelecer regras claras sobre o uso do celular, incentivar momentos offline e propor atividades alternativas são estratégias eficazes. Além disso, é importante dar o exemplo: quando os adultos controlam o próprio tempo de tela, as crianças tendem a adotar um comportamento semelhante.
No ambiente escolar, é possível trabalhar a conscientização sobre o uso responsável da tecnologia. Incentivar atividades que promovam interações presenciais e criar espaços de aprendizado sem distrações digitais são medidas que auxiliam no desenvolvimento da atenção plena. "O equilíbrio entre o uso do celular e as demais atividades do dia a dia permite que os estudantes ampliem suas habilidades sociais e desenvolvam autonomia", reforça Letícia Silveira.
Em casos mais graves, quando a dependência do celular afeta significativamente a rotina e o bem-estar do jovem, a busca por ajuda profissional pode ser necessária. Psicólogos e educadores podem oferecer suporte para que o estudante desenvolva hábitos mais saudáveis e consiga se desconectar sem angústia. Para saber mais sobre a nomofobia, acesse camara.leg.br/radio/programas/977152-nomofobia-o-vicio-ao-celular-o-que-saber-e-como-evitar e exame.com/ciencia/nomofobia-entenda-o-que-e-o-transtorno-e-as-formas-de-minimiza-lo