31/03/2025
As manias costumam surgir já na primeira infância, principalmente entre 2 e 5 anos. Nessa etapa, a criança experimenta novos comportamentos e encontra neles conforto emocional para lidar com desafios típicos do crescimento. Roer unhas, organizar brinquedos de forma repetitiva ou insistir em rituais específicos são exemplos comuns. Embora essas manias sejam naturais e, em geral, passageiras, é essencial que os pais observem sua frequência e intensidade para identificar possíveis problemas maiores, como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
Na infância, especialmente entre os 2 e 5 anos, é comum que crianças desenvolvam pequenos hábitos repetitivos, conhecidos popularmente como "manias". Esses comportamentos frequentemente ajudam a criança a lidar com emoções que ainda não conseguem expressar verbalmente, servindo como uma espécie de apoio emocional em situações que geram ansiedade ou insegurança. Embora esses comportamentos sejam normais durante a infância, podem se tornar motivo de preocupação quando ultrapassam limites aceitáveis ou prejudicam a rotina diária da criança.
Manias típicas nessa faixa etária incluem ações como organizar objetos de uma forma específica, separar alimentos no prato, roer unhas ou realizar determinados rituais antes de dormir. É importante notar que tais comportamentos são realizados quase sempre de forma inconsciente, oferecendo à criança um senso de segurança ou alívio emocional diante de situações desconfortáveis.
Segundo Hellen Bini, Coordenadora Infantil do Colégio Anglo Camboriú, as manias têm papel relevante no desenvolvimento emocional da criança. “É comum que crianças pequenas apresentem manias, pois elas ainda estão aprendendo a lidar com emoções novas e intensas. Nossa função como adultos é observar e acompanhar, sem criar uma preocupação excessiva”, destaca Hellen Bini.
Os pais devem ficar atentos à intensidade e à frequência das manias. Quando esses comportamentos começam a atrapalhar a rotina escolar ou social da criança, como evitar brincadeiras com outras crianças devido à necessidade excessiva de realizar um ritual, pode ser o momento de procurar ajuda especializada. Em casos mais sérios, manias podem sinalizar condições como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou transtornos de ansiedade, que exigem intervenção adequada.
Uma abordagem eficaz é tentar entender o contexto emocional por trás dessas ações. Oferecer alternativas ou redirecionar a atenção da criança para atividades que proporcionem conforto sem reforçar diretamente a mania é uma estratégia recomendada. Outra orientação dada por Hellen Bini, do Colégio Anglo Camboriú, é dialogar abertamente com as crianças sobre suas emoções.
Repreender ou punir a criança por causa das manias é pouco produtivo, já que pode aumentar ainda mais a ansiedade ou insegurança que alimenta o comportamento. A paciência e a compreensão são ferramentas fundamentais nesse processo. Caso as manias persistam, se intensifiquem ou causem desconforto significativo, é recomendável buscar orientação de profissionais especializados em desenvolvimento infantil. Para saber mais sobre mania, visite https://lunetas.com.br/manias-das-criancas/ e https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/manias-rituais-e-tiques-na-infancia-quando-e-preciso-se-preocupar.htm