11/04/2025
Sentir-se aceito, respeitado e capaz faz diferença em qualquer fase da vida, mas na adolescência isso se torna ainda mais determinante. A autoestima saudável ajuda o jovem a tomar decisões, enfrentar críticas, lidar com frustrações e se posicionar de forma segura diante do grupo.
Durante esse período, o corpo muda, as emoções oscilam e as relações sociais se tornam mais intensas. Pequenas situações — como uma crítica, um comentário nas redes sociais ou uma comparação com colegas — podem ter grande impacto na forma como o adolescente enxerga a si mesmo. “É na adolescência que a autoestima passa a influenciar diretamente o comportamento e o equilíbrio emocional”, observa Melissa Nascimento, coordenadora do Fundamental 1 do Colégio Anglo Camboriú, em Camboriú (SC).
Quando o jovem possui uma imagem positiva de si, ele tende a se arriscar mais, assumir responsabilidades e construir relações mais saudáveis. Já em casos de autoestima fragilizada, é comum que surjam sentimentos de inferioridade, retraimento social, agressividade ou desinteresse pelos estudos. Essas manifestações devem ser observadas com atenção por pais e educadores.
Sinais como autocrítica exagerada, medo de errar, isolamento e mudanças de humor frequentes podem indicar baixa autoestima. Também é comum que adolescentes com dificuldades de autovalorização evitem atividades em grupo, não expressem opiniões e tenham medo da rejeição.
Para ajudar nesse processo, o apoio emocional é o primeiro passo. Ouvir sem julgar, oferecer elogios sinceros e reconhecer o esforço, e não só o resultado, fortalece a autoconfiança. “Quando a valorização vem de casa e da escola, o adolescente se sente amparado para enfrentar os desafios naturais da fase”, reforça a coordenadora.
Outro ponto importante é incentivar a autonomia, com pequenas decisões no dia a dia que façam o jovem se sentir capaz. Também é fundamental evitar comparações, que muitas vezes geram frustrações e reforçam inseguranças. Cada adolescente tem seu tempo e suas particularidades — respeitá-las é essencial para o fortalecimento da autoestima.
Além do ambiente familiar e escolar, práticas como psicoterapia e atividade física são grandes aliadas. A terapia ajuda o adolescente a entender melhor seus sentimentos, enquanto o esporte favorece a percepção corporal e o senso de conquista. Quando esses estímulos são equilibrados, o jovem aprende a confiar mais em si e a lidar melhor com os próprios erros.
A construção da autoestima não é automática nem instantânea. É um processo contínuo, que precisa ser alimentado com atenção, diálogo e afeto. O reflexo positivo aparece em vários aspectos: na convivência com os outros, no desempenho escolar e na forma como o adolescente reage às pressões do cotidiano. Para saber mais sobre autoestima, visite https://finiciativa.org.br/a-importancia-da-autoestima-para-criancas-e-adolescentes/