02/05/2025
O excesso de responsabilidades e a tentativa de atender todas as demandas da maternidade sem pausas acabam gerando um nível de estresse que, quando não controlado, compromete a saúde emocional das mães. Sono interrompido, cobranças internas, múltiplas tarefas e falta de tempo para si mesmas são fatores que acumulam tensão e levam ao esgotamento físico e mental.
Esse estado de exaustão afeta diretamente o relacionamento com os filhos. Irritabilidade, afastamento emocional e menor paciência são comportamentos que podem surgir em momentos de cansaço extremo, prejudicando a comunicação e a construção de vínculos seguros. Muitas mães, mesmo conscientes desse impacto, sentem dificuldade de buscar ajuda por receio de julgamentos ou por acreditarem que o sofrimento é uma parte natural da maternidade. “A atenção à saúde emocional materna reflete diretamente na segurança afetiva dos filhos. Mães que se sentem acolhidas têm mais condições de oferecer suporte emocional consistente”, afirma Hellen Bini, coordenadora Infantil do Colégio Anglo Camboriú.
O estresse crônico também aumenta o risco de desenvolver quadros como ansiedade, depressão pós-parto e burnout materno. Esses transtornos, além de impactarem o bem-estar da mulher, influenciam a dinâmica familiar e o desenvolvimento socioemocional das crianças. Em alguns casos, o desgaste se torna tão intenso que compromete a capacidade da mãe de se conectar de maneira afetiva e saudável com os filhos.
Construir uma rede de apoio é fundamental para reduzir a sobrecarga e fortalecer a saúde emocional. Dividir tarefas domésticas, compartilhar as responsabilidades do cuidado com os filhos e reservar espaços para descanso e lazer são estratégias essenciais para evitar que o estresse alcance níveis prejudiciais. Conversas francas com o parceiro, familiares ou amigos próximos também ajudam a aliviar a pressão emocional.
Além disso, buscar acompanhamento psicológico pode fazer toda a diferença. Um espaço de escuta qualificada permite que a mãe reconheça seus limites sem culpa e desenvolva ferramentas para lidar com as pressões diárias. Cuidar da própria saúde mental não é um ato de egoísmo, mas uma atitude de responsabilidade afetiva com toda a família.
Entender que a maternidade não precisa ser vivida de forma solitária e sobrecarregada é o primeiro passo para construir relações mais saudáveis e equilibradas. O bem-estar emocional da mãe é um dos pilares para a formação de crianças mais seguras, empáticas e felizes.
Para saber mais sobre dores que as mães sentem, visite https://leiturinha.com.br/blog/mommy-burnout-o-esgotamento-de-maes-sobrecarregadas/ e https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/os-cuidados-com-a-saude-mental-das-maes-precisam-acontecer-desde-a-gestacao/